Governar a incerteza: territórios, casas, mercados
Projeto de Cooperação Internacional CAPES-COFECUB
Coordenadores: Federico Neiburg e Benoît de l'Estoile
O objetivo é desenvolver uma pesquisa inovadora sobre as formas em que pessoas e coletivos sociais lidam com a incerteza em diversos mundos sociais e culturais. O projeto será o ambiente adequado para a formação de jovens pesquisadores, inseridos em uma densa rede de colaboração internacional.O conceito de incerteza carrega ambiguidades cognitivas e normativas. Ele remete ao oposto de certus (exato, firme, que não coloca problema) e de certitudo (segurança, fiabilidade). Nosso objetivo é desafiar essas negatividades e ambiguidades, estudando as formas em que pessoas e coletivos constroem (e lidam com) incertezas, tanto na elaboração e implementação de políticas públicas (orientadas a governar territórios, casas e mercados) quanto nas práticas cotidianas através das quais as pessoas procuram “fazer as suas vidas” individuais e coletivas. Trata-se de compreender de maneira etnográfica e comparativa diversas concepções, configurações e zonas de incerteza, por meio das quais se enquadra aquilo que não é seguro e/ou que não pode ser apreendido. A incerteza possui sempre duas faces: ela é desafio chama à ação visando a domesticar; e ela oferece um campo de possibilidades que exige “senso de oportunidade”, como na expressão “se virar” que está no centro das interrogações empíricas e teóricas aqui propostas. O projeto se desenvolve em três eixos: casas, mercados e territórios. Não se trata de domínios separados e estáveis, mas ao contrário de “locais de observação” ou “entradas” privilegiadas para o desenvolvimento da pesquisa que, no fluxo das vidas concretas de pessoas e de instituições, encontram-se sempre imbricados e em transformação. Os territórios possuem fronteiras entre as quais deslocam-se pessoas e objetos; os mercados envolvem fluxos de pessoas, objetos e dinheiro; as pessoas estão ligadas a varias casas, as casas a varias pessoas que ali moram ou por ali passam. Gerir a incerteza nos três eixos envolve então gerir ritmos, mobilidades e fluxos.
A base da equipe brasileira é o Núcleo de Pesquisas em Cultura e Economia (NuCEC, www.nucec.net.) Através do NuCEC, a equipe se estende ao Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) e ao grupo CASA, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e ao Programa de Mestrado em Estudos de Fronteira, da Universidade Federal de Amapá (UNIFAP). Do lado francês o projeto está se sediado no Centre Maurice Halbwachs, CNRS, que reúne pesquisadores e docentes da École Normale Supérieure (ENS) e da École des Hautes Etudes em Sciences Sociales (EHESS). A propopsta se apoia também no projeto Oikonomia, uma antropologia política da casa, financiado pelo laboratório de excelência TEPSIS, Centre Maurice Halbwachs / Institut de Recherches Interdisciplinaires sur les enjeux sociaux (IRIS), e Institut Interdisciplinaire d’Anthropologie du Contemporain (ICA).
A base da equipe brasileira é o Núcleo de Pesquisas em Cultura e Economia (NuCEC, www.nucec.net.) Através do NuCEC, a equipe se estende ao Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) e ao grupo CASA, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e ao Programa de Mestrado em Estudos de Fronteira, da Universidade Federal de Amapá (UNIFAP). Do lado francês o projeto está se sediado no Centre Maurice Halbwachs, CNRS, que reúne pesquisadores e docentes da École Normale Supérieure (ENS) e da École des Hautes Etudes em Sciences Sociales (EHESS). A propopsta se apoia também no projeto Oikonomia, uma antropologia política da casa, financiado pelo laboratório de excelência TEPSIS, Centre Maurice Halbwachs / Institut de Recherches Interdisciplinaires sur les enjeux sociaux (IRIS), e Institut Interdisciplinaire d’Anthropologie du Contemporain (ICA).